FASHIONCYCLE





Com a emancipação da Geração Millennium, a industria da moda viu-se obrigada a tomar consciência de valores e boas práticas que são absolutamente essenciais para estes novos consumidores.
Na ultima Met Gala a super modelo Gisele Bundchen, escreveu no seu Instagram:  
"Pronta! Obrigada Versace por trabalhar tão duro para fazer meu vestido totalmente sustentável. O tecido e forro de seda são 100% orgânicos e ecologicamente tingidos, as linhas são de algodão 100% orgânico e tudo é certificado pela organização GOTS."

A  sigla é da "Global Organic Textile Standard", uma certificação que
estipula os requisitos em toda a cadeia de fornecimento, tanto para a ecologia como para as condições de trabalho na indústria têxtil e de vestuário, utilizando matérias-primas produzidas organicamente.


Esta será uma tendência que afectará fortemente a industria, uma vez que a divulgação através de grandes influenciadores tem feito com que actualmente, nós sejamos consumidores muito bem informados. 

A H&M e Zara têm um projecto de reciclagem de roupas usadas, com contentores de recolha nas principais lojas em Portugal e no mundo. A verdade menos glamorosa, é que cerca de 95% das roupas descartadas poderiam ter sido reutilizadas ou recicladas e a indústria da moda está a usar mais recursos do que o planeta permite.
Apesar das maioria das roupas serem feitas de material orgânico, o que significa que derivam de fontes naturais e bio-degradáveis, quando em aterros sanitários carecem do oxigénio necessário para que os materiais orgânicos se decomponham, assim em alternativa, decompõe-se por meio da digestão anaeróbica. Um processo que resulta na emissão de gases de efeito estufa perigosos, que são em grande parte descontrolados e acabam na atmosfera, acelerando as alterações climáticas.

Os gigantes mundiais do vestuário, lançam agora colecções de excepcional design mas com uma mensagem muito para além do aspecto estético. Podemos hoje comprar a "Concious" da H&M onde toda a coleção é feita de materiais reciclados ou orgânicos, a "Join Life" da Zara, na qual as peças  são feitas de algodão orgânico (o processo utiliza 90% menos de água que o tradicional), lã reciclada e Tencel, um tecido feito da celulose da madeira proveniente de florestas certificadas e responsáveis, reduzindo assim o impacto ambiental.e recentemente o projecto "Cotton Made in Africa" da Springfield é um padrão de sustentabilidade para o algodão africano que apoia agricultores na África Subsariana, a fim de melhorar as suas condições de vida, a das suas famílias e proteger a natureza.  

Para todos os apaixonados pela moda, uma industria frequentemente associada a futilidades, tomar consciência de que existe uma preocupação com o futuro e reconhecer a importância deste sector na mudança de mentalidade dos consumidores é fundamental.

Finalmente, uma mudança está no horizonte e nós vamos provar que não há contradição em amar roupas bonitas e viver uma vida sustentável.

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